Poucas são as pessoas que têm coragem de viajar comigo.
Vêm mais cansadas do que quando foram.
Não consigo estar enfiada num resort ou num hotel, deitada à beira da piscina. Viajar para mim, significa ficar a conhecer... e muito bem. Vejo o bom e vejo o mau. Se preciso descansar fico em casa. Para dormir até tarde, fico em casa. Por isso é tão difícil viajar comigo.
Assim que comecei a andar, o meu pai agarrou em mim, meteu-me no carro e lá fomos nós. De pequenos passeios passámos a grandes viagens. De carro corríamos tudo. Meticulosamente. Tudo escrutinado. E aos cinco anos conhecia a minha região e o sul de Espanha como a letra "Da loja do Mestre André"! De cor e salteado. E acho que foi ele que me pegou o bichinho.
O meu marido já se habituou, não tinha outra opção!
E muita gente quando viaja só gosta de ver o que é bonito, não é? Pois, comigo não é.
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