domingo, 11 de novembro de 2012

Cá se fazem, cá se pagam?

Esta noite, depois de uma jantarada indiana, discutimos a situação de uma pessoa que vai receber uma "herança", a que moralmente não tem direito.
Eu, aquecida por tantos condimentos (falo a sério, quando como picante se não acompanhar com vinho, os condimentos sobem-me à cabeça), disparei logo uma rajada de adjectivos menos simpáticos. A minha irmã interrompeu-me a ladainha com um "Pshtttt, cala a boca e ouve o que te digo".
"Lembras-te de Fulana?
 Sim.
 Quando ela ficou doente e começou a frequentar o grupo de apoio, foi martirizada por umas quantas pessoas da sua vizinhança. Que ela dizia estar doente mas se saía sempre para passear todas as semanas, então é porque a doença não devia ser muito grave. Ela não contava onde ía, logo a cusquice era mais que muita. Já passaram x anos. Ela ainda aí está. Queres saber de quem falava mal?
 ???
 Pois, essas pessoas já se foram. E com a mesma doença.
 ..."

Pois fiquei sem palavras. Temos de ter cuidado quando abrimos a boca.


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