sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

Do Natal I

Em pequenina a minha loucura pelo Pai Natal, fazia-me desejar ardentemente pelo Natal.
Ainda íamos a meio do Verão e já eu questionava todos à minha volta. Queria saber se faltava muito tempo. Ninguém escapava, não fosse alguém estar a enganar-me. 
Nos meus primeiros cinco anos, filha e neta única, fui educada no verdadeiro espírito natalício. Com uma mãe tão sensível a esta quadra, fui ensinada da grande importância de todos os passinhos para um Feliz Natal.
1.º Passo: Preparar devidamente a casa. 
Ir com a mãe apanhar caixas de musgo, verde e fofinho e com o pai apanhar uma bela pernada de pinheiro, (daquelas que normalmente se cortam para limpar a árvore, nada de cortar pinheirinhos!!).
Começávamos pelo presépio. Parte dele, era muito antigo, trazido pela minha mãe quando casou. Assim como um mimo da minha avó, que tinha um  enorme e que casando a minha mãe dias antes do Natal, não quis que a filha sentisse falta do seu presépio de sempre, na sua nova casa. 
Depois do presépio, era a vez da árvore. Se a pernada era jeitosinha, a minha mãe colocava-a num vaso de barro, se tivéssemos azar com a escolha do pai, ela pegava num serrote e com partes de outras pernadas, construía a árvore ideal. Começava a decoração. Luzes, fitas brancas, vermelhas, douradas, prateadas, verdes, bolas, pequenas e grandes, de muitas cores, na sua maioria vindas também da casa da minha avó materna, eram usadas consoante a inspiração que assaltava a minha mãe. Para rematar, colocava lindos postais de Natal, sinais dos amigos que estavam longe.
Foto: www.eb1peboliqueime.blogspot.com
Esta foto que encontrei numa pesquisa na net, é uma pequenina amostra das árvores da minha infância.

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